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Inquérito conclui que idosa que dirigia BMW em acidente que matou adolescente no Paraná estava bêbada

Maria do Carmo Carneiro estava com CNH suspensa e foi indiciada por homicídio com dolo eventual, e mais três crimes. Menino de 14 anos morreu em novembro, em ...

Inquérito conclui que idosa que dirigia BMW em acidente que matou adolescente no Paraná estava bêbada
Inquérito conclui que idosa que dirigia BMW em acidente que matou adolescente no Paraná estava bêbada (Foto: Reprodução)

Maria do Carmo Carneiro estava com CNH suspensa e foi indiciada por homicídio com dolo eventual, e mais três crimes. Menino de 14 anos morreu em novembro, em Campo Mourão. Impacto foi tão violento que motor da BMW foi arrancado e veículo pegou fogo RPC A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito do acidente que matou Anthony Pietro, de 14 anos, em Campo Mourão, no centro-oeste do estado. A investigação concluiu que, além de dirigir com a carteira de habilitação suspensa, Maria do Carmo Carneiro, de 77 anos, estava bêbada quando causou o acidente. Maria do Carmo dirigia uma BMW que bateu no carro em que o jovem estava com o pai. O acidente aconteceu no dia 24 de novembro deste ano, na rodovia PR-558, e ela chegou a ser presa em flagrante. O relatório final da investigação indiciou Maria do Carmo pelos crimes de homicídio doloso, com dolo eventual, lesão corporal culposa agravada, condução sob influência de álcool e por dirigir com carteira de habilitação suspensa. Idosa estava embriagada O g1 teve acesso ao relatório. O documento afirma que, conforme prontuário médico do Hospital Santa Casa, e por meio de depoimentos de testemunhas, foi possível apurar que Maria do Carmo estava embriagada quando o acidente aconteceu. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Segundo o relatório, um policial civil que atendeu a ocorrência, afirmou que a idosa apresentou “odor etílico e comportamento alterado”. Outra testemunha informou que viu Maria do Carmo ingerindo bebida alcoólica em um evento, horas antes do acidente. A idosa não foi submetida ao teste do bafômetro, devido à necessidade de atendimento médico imediato. Contudo, a polícia considerou os relatos das testemunhas como “provas robustas e indícios concretos” de que Maria do Carmo estava dirigindo embriagada. Durante as investigações, a polícia ainda comprovou por meio de consultas ao Infoseg e ao Detran, que a idosa estava com a CNH suspensa. Segundo os documentos anexados nos autos dos processos, a suspensão ocorreu devido à reincidência e ao acúmulo de infrações de trânsito de natureza grave e gravíssima, além de excesso de velocidade e direção perigosa. Anthony Pietro, de 14 anos, morreu após BMW bater no carro em que ele estava Arquivo Familiar Impacto violento causou a morte de Anthony O documento diz que a análise pericial indicou que a BMW conduzida por Maria do Carmo, estava em alta velocidade. O laudo ainda destacou que a ausência de marcas de frenagem no local do impacto indica ausência de reação por parte da idosa. O relatório ainda reforça que a colisão frontal causou a ejeção do motor e do câmbio da BMW. Segundo o laudo necroscópico, a violência do impacto da batida causou a morte de Anthony por politraumatismo. Já o pai do adolescente sofreu ferimentos graves, como fratura no membro superior esquerdo, contusão torácica com contusão pulmonar, além de escoriações extensas no rosto e membros inferiores. Luiz foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para a Santa Casa de Campo Mourão. Indiciamento Diante das provas, a Polícia Civil concluiu que Maria do Carmo agiu com dolo eventual, uma vez que assumiu o risco de matar ao conduzir o veículo em alta velocidade, embriagada e com a CNH suspensa. Ela também poderá responder por lesão corporal culposa agravada, condução sob influência de álcool e por dirigir com carteira de habilitação suspensa. Após a conclusão do inquérito, o caso foi remetido ao Ministério Público (MP-PR), a quem cabe oferecer a denúncia à Justiça. Defesa A defesa de Maria do Carmo emitiu uma nota em que afirma que o acidente não se trata de uma infração dolosa. Leia abaixo a íntegra: "A defesa da investigada esclarece que apesar do relatório do inquérito policial, ainda faltam diligências, mas o acidente automobilístico em que se envolveu não se trata de uma infração penal dolosa, o que deverá ser confirmado após a instrução processual. Em face do segredo de justiça decretado nos autos, por imperativo legal, a defesa não pode tecer outras considerações quanto ao mérito do fato em apuração". Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias do g1 Norte e Noroeste.