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Justiça anula votos de partido e cassa vereador eleito em Castro por fraude à cota de gênero; candidata não recebeu votos

Juíza eleitoral determinou recontagem de quociente eleitoral, que pode mudar composição da Câmara do município. Cabe recurso. Maria Cristina (Podemos) não...

Justiça anula votos de partido e cassa
vereador eleito em Castro por fraude à cota de gênero; candidata não recebeu votos
Justiça anula votos de partido e cassa vereador eleito em Castro por fraude à cota de gênero; candidata não recebeu votos (Foto: Reprodução)

Juíza eleitoral determinou recontagem de quociente eleitoral, que pode mudar composição da Câmara do município. Cabe recurso. Maria Cristina (Podemos) não recebeu nenhum voto nas eleições 2024 TSE A Justiça Eleitoral cassou a candidatura e os direitos políticos do vereador eleito Jovenil Rodrigues de Freitas (Podemos), do município de Castro, nos Campos Gerais do Paraná. Os votos dele e de outros candidatos do Podemos foram anulados por fraude à cota de gênero. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Com a decisão, o quociente eleitoral será recalculado, o que pode mudar a composição da Câmara Municipal de Castro. A ação foi movida pelo candidato a vereador Antônio Levi Napoli Pinheiro e pelo Partido da Renovação Democrática (PRD). "Candidatura fictícia" A juíza eleitoral Adriana Paiva considerou que a candidatura a vereadora de Maria Cristina Pereira foi fictícia, para cumprir a cota de mulheres candidatas. A investigação revelou que Maria Cristina não realizou campanha efetiva, não obteve votos e teve pouca movimentação financeira no período de campanha. O documento da ação também aponta que a mulher nem mesmo votou nas eleições 2024 e pagou multa por ausência em 17 de outubro. "Os motivos da ausência às urnas não restaram devidamente esclarecidos nos autos, pois quem poderia contar exatamente o que aconteceu seria a investigada Maria Cristina que, indagada do seu interesse em prestar depoimento pessoal, manifestou-se negativamente", destacou o documento. A defesa de Antônio Levi Napoli Pinheiro reforçou ainda que, em um áudio considerado no processo, "Maria Cristina, rindo, admite que não votou em si, e preferiu votar em Jovenil, porque 'ia ficar muito longe'". Em um segundo áudio, Maria Cristina explicou que não votou devido a sentimentos de tristeza e uma briga familiar com o marido, que ocorreu na tarde do dia de votação. De acordo com a decisão, o vereador eleito se beneficiou da candidatura laranja de Maria Cristina e a usou apenas para cumprir a cota mínima de mulheres, que deve corresponder, pelo menos, a 30% dos registros de candidaturas. "Sem essa candidatura, a chapa não poderia ter sido registrada, o que invalidaria os votos recebidos pelo partido e, por consequência, a eleição de Jovenil", disse. Além da anulação dos votos do partido, Jovenil e Maria Cristina foram declarados inelegíveis por oito anos, o que os impede de registrarem candidaturas a cargos eletivos até 2032. O partido Podemos disse que respeita a decisão, mas que vai recorrer. Jovenil afirmou que todas as provas foram relatadas no processo e que vai recorrer da decisão. O g1 tenta contato com Maria Cristina. Jovenil (Podemos) teve o novo mandato cassado TSE Leia também: 'Ocorreu um homicídio culposo, isso a polícia tem certeza', diz delegado que investiga engavetamento entre ônibus e dez veículos em Curitiba Golpe: Casal perde economias em golpe de oração para multiplicação de dinheiro no Paraná Desvio: PF deflagra operação contra desvio de recursos públicos do SUS em cidades do Paraná e São Paulo VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR: U Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul